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Ozempic, Wegovy e Mounjaro: nutrição, saúde metabólica e a importância do acompanhamento

  • Foto do escritor: nutricionista04
    nutricionista04
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

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Nos últimos anos, medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro ganharam destaque no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. Eles atuam estimulando a saciedade, ajudando no controle dos níveis de glicose e favorecendo a perda de peso.


Embora sejam aliados importantes, é fundamental lembrar que eles não substituem uma alimentação equilibrada nem hábitos de vida saudáveis. A forma como você se alimenta durante o uso desses medicamentos faz toda a diferença nos resultados a curto e longo prazo, além de reduzir desconfortos comuns, como náuseas, constipação e azia.


Comer pouco não é o suficiente. Com a redução do apetite, muitas pessoas passam a comer menos, mas nem sempre de forma equilibrada. Esse é um ponto de atenção: comer pouco não significa comer bem. Quando a qualidade da alimentação é negligenciada, pode haver consequências sérias para a saúde metabólica:

  • perda de massa magra;

  • deficiências de vitaminas e minerais;

  • metabolismo mais lento;

  • maior fadiga e queda de vitalidade.

Por isso, mesmo comendo em menores quantidades, é essencial priorizar alimentos nutritivos e manter um padrão alimentar que sustente o organismo.


Outro desafio importante surge quando o medicamento é interrompido. Se durante o uso não houve uma verdadeira reeducação alimentar e a correção das causas do ganho de peso, existe o risco de recuperar rapidamente os quilos perdidos (o famoso efeito rebote) e até de descompensar a saúde metabólica. Isso reforça a ideia de que os medicamentos devem ser vistos como um apoio temporário, e não como solução definitiva.


Efeitos colaterais: cada corpo reage de uma forma

Os efeitos adversos mais comuns incluem náuseas, azia, constipação ou diarreia, mas a intensidade é altamente individual. Enquanto alguns sentem apenas desconfortos leves, outros apresentam sintomas mais marcantes. Aqui, a alimentação e o acompanhamento nutricional desempenham um papel decisivo na adaptação ao tratamento.


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O que priorizar na alimentação?

Para que os medicamentos tragam benefícios duradouros, a base está em qualidade nutricional. Algumas estratégias importantes incluem:


  1. Proteínas de qualidade em todas as refeições

    Peixes, frango, ovos, queijos magros, iogurte natural, leguminosas e até suplementos (quando necessário) ajudam a preservar a massa muscular, aumentam a saciedade e

    sustentam o metabolismo.


  2. Fibras solúveis e insolúveis

    Verduras, legumes, frutas com casca, grãos integrais, sementes de chia e linhaça melhoram o trânsito intestinal, controlam a glicemia e reduzem desconfortos gastrointestinais.


  3. Hidratação constante

    A água deve ser prioridade. Além dela, chás sem açúcar e água de coco podem complementar. Uma boa hidratação diminui a constipação e melhora a disposição.


    1. Gorduras boas

      Abacate, azeite de oliva, oleaginosas e peixes ricos em ômega-3 ajudam no controle da inflamação, na saúde cardiovascular e também na saciedade.


  4. Carboidratos inteligentes

    Priorize os de baixo índice glicêmico, como batata-doce, inhame, arroz integral e quinoa. Eles fornecem energia de forma gradual, evitando picos de glicose.


  5. Redução de ultraprocessados

    Evitar biscoitos recheados, refrigerantes, fast food e embutidos é essencial para que os resultados sejam sustentáveis. Esses alimentos aumentam a inflamação, prejudicam a microbiota intestinal e favorecem o ganho de peso a longo prazo.


  6. Refeições fracionadas e leves

    Comer porções menores, mais vezes ao dia, ajuda a reduzir a sensação de empachamento e melhora a digestão, especialmente nas fases iniciais do tratamento.


Tratar a raiz do problema

A obesidade e o ganho de peso não surgem de uma única causa. São resultado de uma combinação de fatores: hormonais, comportamentais, emocionais e ambientais. Por isso, a medicação só será realmente eficiente quando buscarmos e corrigirmos a origem da disfunção que levou ao ganho de peso.

 


 
 
 

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